Os principais surfistas do mundo se reuniram, nos dias 10 a 19 de maio, para a quarta das onze etapas do Samsung Galaxy World Surf League Championship Tour 2016, no Rio de Janeiro. Essa etapa nomeada Oi Rio Pro, dada no Postinho, como nos últimos anos, é o palco principal da etapa brasileira.

Neste ano, a “seleção brasileira” que disputa o título, aumentou de sete para dez surfistas. Os paulistas Adriano de Souza, Gabriel Medina, Filipe Toledo, Wiggolly Dantas, Miguel Pupo, e os potiguares Jadson André e Italo Ferreira. As novidades são os estreantes na elite dos top-34, os paulistas Caio Ibelli e Alex Ribeiro, e o catarinense Alejo Muniz, que ficou um ano fora e recuperou sua vaga pelo ranking de acesso do WSL Qualifying Series.

A competição foi show e pra quem acompanha de pertinho mesmo, pode ter tido algumas paradas cardíacas como nós que assistimos pelo computador. Como acabou hoje, o vencedor foi o John John Florense, não foi um brasileiro, mas temos que assumir que ele mandou demais. Resolvemos fazer um TOP 3 (segundo nossa opinião) dos surfistas brasileiros que estavam na competição, até porque temos que valorizar nossa terra, não é mesmo?

Olha aí então um perfilzinho dos nossos preferidos: <3 

1˚ Gabriel Medina Pinto Ferreira: Nascido em São Sebastião em 22 de dezembro de 1993, Medina começou a surfar com 9 anos e com 11, já venceu seu primeiro campeonato a nível nacional. A partir daí, venceu campeonatos do Brasileiro Amador e foi campeão de 4 circuitos. Aos 14 anos já fazia parte de competições paulistas profissionais, fechando seu primeiro contrato em julho de 2009 com a Rip Curl e dez dias depois venceu a etapa do Mundial Profissional. Em 2011 ele começou a sequência que o faz brilhar e competir com os grandes até hoje, ingressando na elite do surf mundial (World Tour), com apenas 17 anos. Começou a ganhar grande repercussão na mídia quando ganhou duas etapas dos ASP World Tour, ainda em 2011. E em 2014 sagrou-se campeão mundial do WCT.

2˚ Filipe Toledo: Nascido em Ubatuba em 16 de maio de 1995. Também conhecido como Filipinho, é filho do bicampeão brasileiro de 1991 e 1995, Ricardo Toledo, que também é seu técnico. Aos 15 anos já faturou seu primeiro prêmio na categoria Sub-16 do ISA World Junior no Peru. Com a mesma idade, ganhou o Pro-Junior do US Open, deixando para trás John John Florence, Kolohe Andino e Conner Coffin. A partir daí foram vários prêmios em anos diferentes. Em 2015, no Circuito Mundial de Surfe de 2015, Filipe começou devagar, mas na quarta etapa deu um aéreo - o que ele é craque - que o deixou em segundo lugar no campeonato, perdendo apenas para o brasileiro Adriano de Souza. Sem comentar que mesmo com o pé machucado, ele deu um show e segurou bem na etapa Oi Rio Pro 2016.

3˚ Adriano de Souza: Conhecido popularmente como Mineirinho, De Souza, nasceu no Guarujá, em 13 de fevereiro de 1987. Foi o segundo brasileiro na história a se tornar campeão do mundo. Sempre em destaque, aos 15 anos, Adriano se tornou o mais jovem campeão de uma competição profissional, vencendo uma etapa do SuperSurf, do Circuito Brasileiro. Em 2004 conquistou o Mundial Júnior, na Austrália e em 2015 foi recordista de pontos no WQS, que o fez entrar na elite do esporte. Em 2011, seu ano de ouro, venceu a terceira etapa da ASP World Tour, tornando-se o primeiro surfista brasileiro a liderar o ranking mundial do esporte (que orgulho, não?!). Ainda no mesmo ano, venceu pela segunda vez a etapa WCT, numa final emocionante com o deca-campeão Kelly Slater. Em 2013, vence a segunda etapa WCT do ano, a mais antiga e tradicional do mundial. Em 2015, vence a terceira etapa do WCT e na última etapa do mesmo ano, em Pipeline, além de ser o primeiro brasileiro a conquistar a etapa, chegou ao inédito título mundial, vencendo na semifinal o havaiano Mason Ho.

Bom, isso foi um pouquinho da vida dos nossos queridos brasileiros que já mostraram muito do seu potencial para o mundo todo, orgulhando os que moram aqui e os que, mesmo sem morar, idolatram esses surfistas bem treinados e profissionais. E digo uma coisa a vocês, tenho certeza que eles ainda têm muito o que nos mostrar.... Medina que nós diga ;)

Gabriel Medina mostrou mais uma vez que sangue brasileiro não desiste nunca! Depois de anos de treinamento, o paulista de São Sebastião conseguiu fazer o impossível: um backflip em uma bateria pela Liga Mundial de Surf (WSL). Sendo o primeiro na história a conseguir fazer um backflip perfeito – e pra melhorar, em águas brasileiras -, Medina estourou com o primeiro 10 perfeito do evento e chegou a ficar com 19.40 pontos, de um total de 20.00! 

            Para quem não sabe, backflip é uma manobra conhecida em vários esportes radicais, como o skate, surf, BMX e na Moto, cada qual com suas características. No caso do surf, o backflit é como se fosse um mortal para trás, só que por cima da prancha. A maior dificuldade é conseguir a velocidade necessária pra efetuar a manobra e conseguir voltar para a onda sem cair ou escorregar. Isso tudo só é possível pela junção de velocidade com uma onda contrária, proporcionando um aéreo.

            

E com certeza isso não foi fácil de ser acertado. Muitos não sabem, mas Gabriel já tinha acertado essa manobra em 2012, porém em um de seus treinos para a Tríplice Coroa Havaiana, com apenas 18 anos. O vídeo do nativo de Maresias pode ser encontrado no Youtube, obra de seu pai, Charles Saldanha, que filmou o momento exato que o filho prodígio deu seu mortal para trás perfeito nas ondas do North Shore havaiano.

E ai, já tentou fazer seu primeiro backflip?

Já vivenciou alguma situação tão inédita no surf como essa? Conta pra gente! Conte suas histórias... Vem surfar com a gente – e quem sabe fazer um backflip!